How smart is your Guimarães: Workshop

We traveled to Guimarães to run a design fiction workshop as part of our Open Cities programme in July 2012.

The workshop was inspired by a talk by Sam Kinsley of University of West of England on Design Fiction at the Pervasive Media Studio.  ‘Design Fiction’ describes ways of using storytelling techniques, especially in the form of video, to make speculative design ideas feel real.Sam has explored how technology companies like Microsoft have used Design Fiction to show how we might use and interact with computers in the future. But the problem with these films is that they are all a bit Benetton advert – contrived images of affluent people living perfect lives. So we started wondering what an artist-led design fiction might look like? And what real people want from smart cities (especially when the city is full of history like Guimarães)?

Microsoft 2020 video
Microsoft 2020

The workshop, which took place in Guimarães’ amazing new Instituto de Design (Design Institute),  kicked off with introductions to the team including Sam Kinsley, film maker Geoff Taylor, who led on the second bit of the commission (see end of blog) and cardboard artists Mo. Ca. Sam then gave his design fiction talk.

The workshop participants’ reaction to the films were unanimous – they found them cold and isolating. They wondered where the sense of community had gone and why all the buildings were new. A good and interesting start.

Next we introduced our ‘fridge poetry’ a set of prompts  to get people exploring their own ‘smart city’ agendas:

Design Fiction Fridge Poetry

We started with the present day and asked them to get into 3 groups and pick a context and user group to frame a discussion about what they thought worked and didn’t work about that situation – i.e. how was traveling by bus as an experience for older people? We then moved on to the future scenarios and asked the groups to work with a word from each group and sketch out their own design fictions for Guimarães in the future.

The groups were highly imaginative and didn’t need much encouragement to get on. As Guimarães is a place without many screens, adverts or CCTV, we were really interested to see what they would come up with. Would they want similar things to a more modern-designed city? How would they feel about privacy? Perhaps the lack of technology infrastructure would enable them to leap frog cities which have to have many large outdoor advertising screens etc and create something really novel?

The first group decided to act out the scenario they explored, which involved older people, younger people, visualization and play.

Their emotional park understood when an elderly visitor wasn’t well and raised the alarm to a passing security guard, whose smart goggles were able to identify the place where the person was in distress and raise the alarm. This team were most concerned that the technology wasn’t ‘tracking’ the person, and that it should simply nudge for assistance rather than raise the alarm itself. They wanted to use the technology to explore responsibility and caring and felt that a park was the perfect place to try this out.

The second group were exploring home, unemployed people, remembering and smell. They devised a smell based social network/archive that allowed people to keep and share special scents that could be used at a later date for comfort. They discussed how scent could be used to close distances (sharing the scent of a baby with its far away grand parents/sharing the smell of cooking to make someone come home from work).

The final group were trying to connect elderly people for well being and leisure. They created smart transport systems which could be summoned to the place of the older person, rather than a pre-specified bus stop. They explored ways to connect people’s interests so that older people could find like minded companions.

Again, they talked about connectedness, community and caring.

We finished the workshop with a call to arms, asking each of the participants to create their own banner about the kind of smart city that they would want:

Banners
“I want a smart city that…”

This Open Cities Commission came in two parts: first this workshop and then film maker Geoff Taylor and Sam stayed on to create their own design fiction film, shot in Guimarães using real people and scenes inspired by the workshop and props made by Mo. CA. More on this as it develops… The film, images from the workshop and the banners made will be shown at the Open Cidade conference in the Autumn.

(images from the workshop and some of the filming available on the Open City Flickr)

Smart City Filming
Smart City Filming

 

Clare Reddington

O ponto de vista das pessoas

Workshop: Qual é o grau de inteligência de Guimarães?

Viajámos até Guimarães em Julho de 2012, tendo como objetivo, realizar um workshop, sendo este parte do nosso programa Cidades Abertas.

O workshop foi inspirado numa palestra de Sam Kinsley, da West University of England,  sobre “Design Fiction” (design ficcional), no Media Studio Pervasive.

Em Design Fiction, descreve formas de uso de técnicas de narrativa, principalmente em filme, de forma a que se possa criar e especular situações aparentemente reais.

Sam, tem vindo a investigar de que forma ,empresas de tecnologia como a Microsoft, utilizam Design Fiction para mostrar de que modo podemos , no futuro, usar  e interagir com os computadores.

O problema com os filmes, é que são todos idênticos a um anúncio da Benetton:

imagens artificiais de gente rica, com vidas perfeitas.

Então, começámos a pensar, como seria o design fiction, orientado por artistas. O que é que as pessoas reais queriam para as cidades inteligentes, principalmente quando se trata de uma cidade histórica como Guimarães.

Microsoft 2020 video

O workshop realizado no novo e extraordinário  Instituto de Design, começou pelas apresentações da equipa. Desta faziam parte Sam Kinsley, o cineasta Geoff Taylor

Estes,  lideraram a 2ª parte dos trabalhos assim como os criadores dos dispositivos em cartão,  Mo. Ca..

Então, Sam fez a sua palestra.

A reação dos participantes aos filmes, foi unânime: acharam-nos frios, incentivadores ao individualismo. Questionavam-se sobre o que teria acontecido ao sentido de comunidade e porque eram novos, todos os edifícios apresentados nos filmes.

Foi um bom e interessante começo.

De seguida, apresentámos a nossa “poesia de frigorífico” : um conjunto de instruções criados com a finalidade de levar as pessoas a explorar as suas propostas para a cidade inteligente.

Contexto Quem Adjetivos Interação
Viajar Crianças Mais fácil Intercâmbio
Aprender Estudantes Mais rápido Tocar/Sentir
Comprar Idosos Mais divertido Emitir/Enviar
Socializar Famílias Mais eficiente Gesticular
Estar saudável Adolescentes Mais lento Visualizar
Trabalhar Comerciantes Mais barato Perguntar
Trabalhadores Mais ecológico Traduzir
Desempregados Mais justo Lembrar
Cheirar
Ouvir

 

 

 

 

 

 

Pedimos que se dividissem em 3 grupos, escolhessem um determinado contexto e um grupo específico de utilizadores para enquadrar na  sua discussão, sobre o que pensavam que funcionava e que não funcionava dentro de determinada situação. Por exemplo,  como poderia ser uma viagem de autocarro, como uma nova experiência, para um grupo de idosos?

Continuámos usando outros cenários possíveis e pedimos aos grupos que fizessem os seus próprios projetos para Guimarães no futuro, usando uma palavra de cada grupo.

Todos os grupos revelaram grande imaginação e não precisaram de muito encorajamento para realizarem o trabalho. Como Guimarães não tem muitos cartazes publicitários ou câmaras de videovigilância, estávamos muito interessados em ver as conclusões a que chegariam. Pretenderiam coisas semelhantes às das cidades com design mais moderno? O que sentiriam em relação ao sentido da privacidade? Talvez a falta de infraestruturas tecnológicas lhes desse a capacidade de ultrapassar cidades que necessitam de grandes cartazes publicitários e os  levasse a criar algo verdadeiramente original.

O primeiro grupo decidiu montar um cenário que incluía pessoas idosas, pessoas jovens, visualização e simulação.

Na simulação, um visitante idoso sentiu-se mal ; foi dado o alarme a um segurança que circulava nesse momento. Os seus óculos de proteção inteligentes, identificaram o local onde a pessoa doente se encontrava  e deu o alarme.

A este grupo, preocupou o facto de que a tecnologia não estar  a acompanhar a pessoa, e a apelar para que lhe dessem assistência, mas unicamente a dar o alarme. Pretendiam que a tecnologia abrangesse o sentido de responsabilidade e proteção e acharam que um parque seria o local perfeito para esta experiência.

O segundo grupo trabalhou com: a casa, desempregados, recordações e cheiros.

Criaram um cheiro, a partir dos arquivos da rede social, que permitia às pessoas, manter e compartilhar aromas especiais, que poderiam ser usados mais tarde, para transmitir conforto ou consolo.

Discutiram de que forma o aroma poderia ser usado, para encurtar distâncias

( compartilhar o cheiro de um bebé com os seus avós distantes, compartilhar o aroma de uma refeição, para incentivar o mais rápido regresso a casa).

O último grupo tentou fomentar as ligações entre os idosos, no que respeita ao bem-estar e lazer. Criaram pequenos sistemas de transportes, que podiam ser solicitados a irem diretamente às casas das pessoas, em vez de serem encontrados nos locais de paragem, pré-estabelecidos.

Exploraram formas de ligar os interesses das pessoas, para que estas pudessem encontrar outras com quem os compartilharem.

De novo, foram abordados os temas: ligação, comunidade, proteção.

Acabámos o workshop, pedindo a cada um dos participantes, que criasse o seu próprio estandarte, onde dissesse, que tipo de cidade inteligente queriam ter.

Banners

“Eu quero uma cidade inteligente, que…”

Esta comissão das Cidades Abertas, dividiu-se em duas partes: na primeira, este workshop. Depois, o cineasta  Geoff Taylor e o Sam, ficaram para criarem o seu filme de design fiction, rodado em Guimarães, usando pessoas reais , cenários inspirados no workshop e os acessórios de cartão feitos por Mo. CA.

O filme, imagens do workshop, os estandartes, serão exibidos na conferência Open Cidade, no Outono.

Smart City Filming

(Imagens do workshop e parte das filmagens estão disponíveis no  Open City Flickr)

Clare Reddington